quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Para Saramago, 'Escrever é Traduzir'.











Para o renomado escritor português José Saramago, “escrever é traduzir” – traduzir em palavras aquilo que é captado pelos sentidos do ficcionista, e que é, ao mesmo tempo, “inevitavelmente parcelar em relação à realidade de que se tinha alimentado”, pois, “transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional de signos, a escrita, e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade do leitor, não uma integridade da experiência que nos propusemos transmitir, mas uma sombra, ao menos, do que no fundo do nosso espírito sabemos bem ser intraduzível, por exemplo, a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o rastro de um sonho que o tempo não apagará por completo”.

SARAMAGO, José. Cadernos de Lanzarote II. Editora Companhia das Letras, 1999 - p 320.








“Escrever é traduzir.
Sempre o será.
 Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua”


José Saramago













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